Não basta imaginar um futuro melhor; é fundamental construir ativamente uma causa poderosa que inspire pessoas a unirem-se em torno de um bem maior.

Quando identificamos um problema, conseguimos visualizar nitidamente o impacto positivo que uma solução trará à vida das pessoas. Não basta imaginar um futuro melhor; é fundamental construir ativamente uma causa poderosa que inspire pessoas a unirem-se em torno de um bem maior.

As grandes marcas não nascem apenas de boas intenções, mas sim de causas verdadeiras que mobilizam equipas na criação de produtos tão relevantes que se tornam indispensáveis na vida das pessoas.

O propósito é essencial para criar uma causa genuína, mas, por si só, não é suficiente para garantir o sucesso de um negócio. Se fosse tão simples assim, bastaria às marcas definirem um propósito bonito e impactante e depois esperar que as vendas aconteçam. A realidade é diferente. O produto é a nossa resposta ao problema, mas o posicionamento é rei.

É crucial ter clareza absoluta sobre aquilo que nos diferencia e sobre quem é o nosso público-alvo. O posicionamento determina como queremos ser percebidos pelos consumidores, especialmente face à concorrência, e guia todas as nossas decisões estratégicas.

“Avoiding stupidity is easier than seeking brilliance”.

Para que o propósito e o posicionamento sejam verdadeiramente eficazes, devemos adotar uma abordagem diferente na criação das soluções: o Pensamento Inverso. Em vez de começarmos pela solução idealizada, comecemos por identificar todos os potenciais obstáculos e problemas que poderiam impedir o sucesso do nosso produto. Esta abordagem, embora à primeira vista pareça negativa, é prática, inteligente e poderosa.

Permite-nos antecipar desafios, criar estratégias sólidas e evitar erros desde o início, garantindo que o nosso foco permaneça sempre em resultados reais e sustentáveis. Como afirma Charlie Munger: “Avoiding stupidity is easier than seeking brilliance”.

Ao adotar este método, não só poupamos tempo e energia na correção de falhas imprevistas, como aumentamos substancialmente as nossas hipóteses de sucesso. E mais importante ainda: ao eliminarmos obstáculos desde o princípio, libertamos espaço mental e criativo para a inovação contínua e a melhoria constante do que fazemos.

Um problema é a centelha que alimenta uma causa genuína, une pessoas e constrói equipas fortes.

Por isso, sim, há que valorizar profundamente os problemas. Aprender a não fugir deles, mas sim a abraçá-los. Porque um problema é a centelha que alimenta uma causa genuína, une pessoas e constrói equipas fortes. É o que nos traz clareza e nos motiva a agir com determinação e propósito.